Você sabe qual é o seu tipo de TPM?

A tensão pré-menstrual é sentida por mais de 70% das mulheres em idade fértil. Mas TPM não é tudo igual

Conhecida popularmente como apenas TPM, a tensão pré-menstrual é um conjunto de sintomas que acomete pessoas que menstruam, antes do incio do ciclo menstrual. De  acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 70% das mulheres em idade fértil sofrerão em algum grau com a TPM ao longo da vida. Contudo, será que toda a TPM é igual? 

Segundo o médico ginecologista e obstetra Alexandre Rossi, a TPM pode ser classificada em 6 categorias diferentes, considerando os sintomas sentidos e a intensidade deles. 

TPM tipo A

Relacionada com a ansiedade, traz também queixas de desatenção. Principais sintomas:

  • Ansiedade
  • Tensão
  • Dificuldade para dormir
  • Irritabilidade
  • Alterações de humor

TPM tipo C

Está relacionada com compulsão-alimentar e preferência por alimentos mais gordurosos, ricos em açúcar ou gorduras, como chocolates. Sintomas:

  • Compulsão por doces ou salgados
  • Vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes
  • Dores de cabeça

TPM tipo D

Os principais sinais são o aparecimento de sintomas depressivos, além de: 

  • Raiva sem razão
  • Sentimentos perturbadores
  • Pouca concentração
  • Lapsos de memória
  • Baixa autoestima
  • Sentimentos violentos

TPM tipo H

Está relacionada principalmente à retenção de líquidos e suas consequências, como:

  • Ganho de peso (por conta da retenção de líquido)
  • Inchaço abdominal e nas extremidades do corpo, como mãos e pés
  • Sensibilidade e inchaço em mamas

TPM tipo O

  • Este tipo reúne sintomas menos comuns, como:
  • Alteração nos hábitos intestinais
  • Aumento da frequência urinar
  • Fogachos ou sudorese fria
  • Dores generalizadas, incluindo cólicas
  • Náuseas
  • Acne
  • Reações alérgicas
  • Infecções do trato respiratório

Além dessas categorias, cerca de 3% a 11% das mulheres vivenciam a chamada TDPM, o transtorno disfórico pré-menstrual. Nesses casos, a TPM deixa de ser apenas um incômodo e acaba por afetar negativamente, com grande intensidade, a vida da pessoa que menstrua.  

“O diagnóstico é confirmado após realizados exames clínicos e laboratoriais para descartar problemas de tireoide, transtornos de ansiedade, depressão, estresse e deficiência de vitamina B6, cálcio ou magnésio, alta ingestão de cafeína e outras questões que podem causar sintomas semelhantes aos da TDPM”, explica Alexandre.

Apesar de não existir um tratamento específico ou que acabe completamente com o sintomas da TPM, o ginecologista afirma que uma boa qualidade de vida, com atividades físicas recorrentes e uma alimentação balanceada, ajuda muito a diminuir a intensidade dos sintomas da TPM.

“Medicamentos ou suplementos podem ser necessários e serão avaliados individualmente. Um tratamento multidisciplinar também pode ser indicado pelo médico ginecologista, que poderá indicar a participação de profissionais como um endocrinologista, nutricionista ou psiquiatra, entre outros”, conclui o obstetra. 

Por Daniela Ferreira

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