Demorar mais do que o homem para alcançar o orgasmo é perfeitamente natural. Isso porque, homem e mulher recebem e reagem de maneiras diferentes aos estímulos sexuais. Mas, quando essa demora se torna excessiva e constante ou o orgasmo não chega, a mulher pode estar sofrendo de uma disfunção sexual feminina chamada de anorgasmia.
Esse transtorno é mais comum do que se imagina e pode afetar mulheres em diversas fases da vida e por diferentes motivos. Seja por desordens psicológicas (as mais relatadas) como depressão, traumas emocionais relacionados ao sexo, necessidade de controle, timidez, falta de autoconhecimento, entre outros. Ou por disfunções físicas como má formação congênita, problemas neurológicos, redução da sensibilidade, desequilíbrio hormonal ou uso de medicamentos.
Mas, como saber se você pode estar sofrendo de anorgasmia?
Bom, é importante entender que a paciente que sofre de anorgasmia, geralmente, recebe estímulos suficientes para atingir o orgasmo, sente prazer intenso e mesmo assim não consegue chegar lá.
“É fundamental entender que nesses casos á preciso procurar ajuda médica para descobrir a razão do transtorno. Mulheres que, por exemplo, não tem preliminares prazerosas o suficiente ou que não conseguem atingir o orgasmo com os parceiros, mas quando se masturbam conseguem, não podem ser diagnosticadas com anorgasmia”, explicou a uroginecologista Dra Débora Oriá.
Anorgasmia é igual para todas as mulheres?
Assim como outros transtornos, a anorgasmia pode se apresentar de maneiras distintas ou somadas. Existem mulheres que não conseguem atingir o orgasmo desde sua primeira relação sexual e o quadro se mantém ao longo do tempo, o que chamamos de origem primária. Já outras são de origem secundárias: elas sempre sentiram orgasmos, mas por algum motivo não conseguem sentir mais.
“Existe a anorgasmia situacional, que acontece em determinadas situações ou com determinados parceiros, e a anorgasmia geral, quando acontece em qualquer relação e situação. Ambas podem se somar as causas primárias e secundárias. E, em todos os tipos é importante passar por avaliação médica”, falou a especialista.
Existe tratamento e cura?
Depois do diagnóstico médico, o tratamento indicado depende da causa do problema. Em alguns casos é recomendado que a mulher faça terapia sexual, seja sozinha ou na companhia do parceiro, com o objetivo de autoconhecimento e educação sexual. Já em situações de traumas ou comportamentos pessoais, o melhor tratamento é o acompanhamento psicológico. E para transtornos de origem metabólica, a reposição hormonal é um dos tratamentos mais recomendados.
Independente da origem e do tratamento proposto, o que as pacientes devem saber nesses casos é que ter uma vida sexual feliz e satisfatória é possível com a ajuda de um profissional. A maior barreira que pode impedir a cura é a falta do auxílio médico. Por isso, quando perceber a diminuição do desejo sexual, tensão e estresse no momento da relação, diminuição da sensibilidade, sentimento de baixa autoestima ou sensação de frustração relacionados ao sexo, ou está fingindo que atingiu o orgasmo em suas relações, procure por um profissional de sua confiança e cuide da sua saúde e bem-estar.
Plena Mulher