As brasileiras estão entre as que mais sofrem com a tensão pré-menstrual (TPM)
Há quem sinta uma série de sintomas quando está entrando no ciclo menstrual e há quem não perceba a chegada. Os sinais conhecidos como TPM, fazem parte da vida de muitas mulheres. Segundo o estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a brasileira está entre as mulheres que mais sofrem com a tensão pré-menstrual (TPM).
Isso ocorre porque durante o período menstrual acontece uma mudança hormonal. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), desde o início do ciclo menstrual, que se inicia no primeiro dia de fluxo, os hormônios femininos estrogênio e progesterona sofrem alterações intensas nos seus níveis, chegando a picos e declínios entre o início e o fim do período.
Quando a fase conhecida como TPM se aproxima, esses hormônios chegam ao nível mais baixo de produção, e toda essa “gangorra hormonal” é a responsável pelas variações de humor e sintomas físicos na mulher.
Alguns dos sintomas que podem ser sentidos durante esse período são ansiedade, compulsão alimentar, depressão, inchaços, enxaquecas, além da famosa cólica.
Segundo o ginecologista, Hamilton Franco, não há uma causa definida porque algumas mulheres sofrem com a TPM e outras não. O médico afirma que é um fator hormonal que varia de mulher para mulher. Mas ainda, segundo o especialista, a ovulação contribui para o aparecimento dos sintomas “os estudos comprovam estatisticamente que aquelas pacientes que ficam ovulando tem uma tendência maior a ter a tensão pré menstrual”, acrescenta.
A TPM é uma condição que pode se manifestar de 7 a 14 dias antes da menstruação. Mas a boa notícia é que há algumas medidas que ajudam na melhora dos sintomas. Chás calmantes, para ajudar com a irritabilidade, chás diuréticos para auxiliar na retenção de líquidos e o aumento do consumo de alimentos ricos em fibra para ajudar na saciedade, já que, nessa fase, algumas mulheres tendem a ter compulsão alimentar, principalmente por alimentos ricos em gordura e açúcar.
Os sinais podem mudar com o passar do tempo e até melhorar quando se aproxima a menopausa, mas é preciso estar atenta, pois se a alimentação, o uso de anticoncepcional e as atividades físicas não melhorarem os sintomas, a procura por um médico é essencial para saber se, principalmente, a cólica não está indicando algo a mais.