O problema considerado tabu é muito comum em milhares de mulheres
A falta de informação e o tabu sobre a saúde feminina faz com que milhares de mulheres ainda sofram por um sintoma comum nas relações sexuais: a falta de lubrificação vaginal. Apesar de ser um problema considerado ‘corriqueiro’, a fisioterapeuta pélvica Dra. Alessandra Artuso, relata que em seus atendimentos a falta de informação sobre a saúde feminina leva muitas mulheres a não saberem identificar o sintoma.
“A grande maioria das pessoas não teve educação sexual, e consequentemente não conhecemos e não sabemos como funciona o nosso corpo e o ciclo de resposta sexual”, explica a fisioterapeuta.
O ressecamento vaginal pode acontecer em diferentes fases da vida da mulher, como menopausa, pós-parto, principalmente pela redução na produção de estrogênio, hormônio feminino. Outro motivo para a falta de lubrificação incluí os tratamentos contra o câncer, como quimioterapia e radioterapia, que também provocam alterações hormonais. Os anticoncepcionais e outros medicamentos também podem influenciar na lubrificação.
Com o passar do tempo essa falta de lubrificação pode causar incômodos como: dor, desconforto durante a relação sexual, ardência e fissuras vaginais que podem acarretar sangramentos. Por esse motivo é essencial buscar ajuda profissional em caso de sintomas. Outra alternativa preventiva é investir no autoconhecimento e autonomia sexual, além de derrubar o tabu em relação ao uso dos lubrificantes que podem contribuir para uma vida sexual mais prazerosa e livre de ressecamentos.
Algumas marcas já apresentam lubrificantes voltados especificamente para as demandas femininas. “Escolher um lubrificante com ingredientes naturais é fundamental, principalmente para manter a mucosa vaginal equilibrada, o pH equilibrado. Quando usamos produtos com ingredientes mais artificiais e cheios de parabenos e outros componentes tóxicos, pode sim levar a um desequilíbrio no pH vaginal, levando a infecções vulvovaginais. Além disso, lubrificantes que não contém ingredientes naturais podem piorar a hipersensibilidade que algumas mulheres têm na região vulvar”, finaliza a especialista.
Com informações da assessoria