Saiba quando algo pode ser indício de suicídio e veja como prevenir o problema
Este é o mês da prevenção ao suicídio e, há sete anos, existe a campanha Setembro Amarelo, sendo que o dia 10 se tornou oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Entenda mais sobre o assunto, os sintomas do problema e como evitar o suicídio.
O suicídio é um comportamento que tem multifatores envolvidos. É resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Quase sempre existe uma doença mental que altera a percepção da realidade e interfere no livre arbítrio dos suicidas. Por isso, é importante que seja feito o tratamento adequado, já que esse é o pilar mais importante da prevenção de acordo com o manual Suicídio: Informando Para Prevenir, feito pela Associação Brasileira de Psicologia (ABP). É importante ressaltar que após o tratamento o desejo de se matar quase sempre desaparece.
Nem sempre é possível indicar os sintomas que antecedem o suicídio, pois algumas vezes essa pretensão é assintomática. Contudo, na maioria dos casos é possível encontrar pistas do problema e entre elas estão o isolamento social, a tristeza constante, a raiva intensa de si e comentários de que a vida não tem mais graça, ou, então, não se sabe para que viver, podem ser alguns indícios.
- Não menosprezar o sofrimento ou falas da pessoa;
- Procurar tratamento psicológico e psiquiátrico;
- Procurar ouvir o que a pessoa está sentindo, evitando julgar demais para não calá-la;
- A pessoa mais próxima deve procurar terapia para aprender, dentro do possível, a auxiliar quem está nessa situação;
- Ter familiares, amigos ou profissionais vigiando este indivíduo 24 horas por dia, 7 dias por semana;
- Procurar distrair quem tem ideias suicidas com coisas alegres;
- Tentar criar uma situação de utilidade para o indivíduo, com trabalhos voluntários ou mesmo fazer coisas na casa;
- Pedir para que ele se coloque no lugar dos filhos, pais, esposo ou esposa e imaginar como eles viriam a se sentir caso cometesse o ato.
Buscando ajuda
Para buscar uma solução para o problema, é importante o acolhimento dos familiares e amigos somado ao tratamento, com a ajuda de psiquiatras que receitariam medicamentos calmantes e antidepressivos e de psicólogos que tratariam as causas dos pensamentos sobre suicídio.
Para apoio especializado e gratuito existem os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que são unidades de atendimento intensivo e diário aos portadores de sofrimento psíquico grave.
Por João Bidu