Pesquisa diz que uma em quatro mulheres foi violentada no último ano no Brasil

Segundo o estudo Visível e Invisível – A Vitimização de Mulheres no Brasil, cerca de 17 milhões de brasileiras foram vítimas de agressão física, psicológica ou sexual

Uma em cada quatro mulheres maior de 16 anos sofreu algum tipo de violência nos últimos 12 meses no Brasil. É o que aponta a pesquisa Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança e Datafolha, com apoio da Uber.

Os dados divulgados nesta segunda-feira (7) mostram que aproximadamente 17 milhões de brasileiras foram vítimas de violência física, psicológica ou sexual, ou seja, oito mulheres foram agredidas por minuto no Brasil no último ano. 

De acordo com o estudo, há prevalência de violência entre mulheres negras e 7 em cada 10 casos tiveram como autores pessoas conhecidas das vítimas, com 48,8% da violência ocorrendo em casa. 

“Evidenciando mais uma vez que para milhares de meninas e mulheres desse país casa não é sinônimo de lar, mas sim espaço de medo, insegurança, abuso e violência”, aponta a promotora de justiça Silvia Chakian para a Marie Claire. 

A pesquisa ouviu 2079 pessoas, entre homens e mulheres, em 130 municípios brasileiros, entre 10 e 14 de maio de 2021. Das entrevistadas, 50,8% acreditam que a pandemia de coronavírus, que demandou isolamento em casa e distanciamento social, contribuiu para agravar a situação da violência. 

“A pesquisa traz um retrato alarmante da violência contra a mulher nesse último ano, de pandemia. Chama atenção a persistência da violência contra a mulher em geral: em casa, representando quase metade dos casos, praticada não somente por parceiros e ex-parceiros, mas também por outros integrantes da família; e também no espaço público, uma vez que as restrições de circulação não repercutiram na diminuição do assédio sexual. Cerca de 37,9% das brasileiras afirmaram ter sofrido esse tipo de violência, o que equivale a 26,5 milhões”, aponta Silvia.

Para 25% das entrevistadas, a perda de renda e emprego foram fatores que mais influenciaram na violência que vivenciaram em meio à pandemia de Covid-19.

Delas

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