Novembro Roxo: mês de conscientização sobre o parto prematuro

Dados do Ministério da Saúde apontam que uma média de 340 mil bebês nascem de partos precoces todos os anos

Intitulado de Novembro Roxo, este mês é dedicado à conscientização da prevenção e dos cuidados com bebês prematuros. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 340 mil bebês prematuros nascem todos os anos, o que é um número preocupante, já que crianças que nascem prematuras têm mais probabilidade de contrair infecções e ter um pulmão sensibilizado. 

São consideradass crianças prematuras aquelas que nascem antes de completar os nove meses ou as 37 a 42 semanas de gestação. Com base nas informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o nascimento de 28 e 34 semanas são os mais frequentes entre os prematuros no Brasil. 

Segundo a pediatra Cecilia Gama, da clínica Mantelli, esse alto índice de partos prematuros é causado por um conjunto de fatores. Entretanto, ela destaca dois problemas frequentes: as infecções urinárias, que acabaram se tornando recorrentes entre as gestantes, e uma falha na saúde pública, com o acompanhamento dos pré-natais.

“O Brasil tem mais números de partos prematuros, justamente porque temos uma população um pouco mais carente e que talvez não tenha tanto acesso a um pré-natal adequado. O pré-natal também na rede pública às vezes não é feito de uma maneira adequada e minuciosa. Além disso, a principal causa de nascimentos prematuros é a infecção, como a urinária, que pode passar para a placenta, provocando o parto”, diz a pediatra. 

Outra problemática levantada pelas autoridades da saúde, além do desenvolvimento do pulmão, é a formação do cérebro e o baixo peso da criança, que podem ser determinantes para a sobrevivência desse recém-nascido. 

Por isso, a médica reitera a importância de se fazer um pré-natal cuidadoso, porque assim é possível detectar qualquer alteração no corpo da mulher ou da criança, abrindo espaço para evitar agravações  e o parto prematuro.  

“Para conseguir reduzir o risco de nascimento prematuro é preciso fazer um bom pré-natal de rotina, capaz de perceber infecções ou doenças precocemente, evitando o parto prematuro”, explica a profissional. 

Por Daniela Ferreira

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