Especialistas explicam quais os efeitos da atividade sexual na aparência e por que isso acontece
É comum ouvirmos que alguém está com a pele bonita quando está transando com frequência. Afinal, uma vida sexual prazerosa traz uma sensação de bem-estar que acaba se refletindo na nossa aparência, já que quando estamos sexualmente realizados costumamos ficar mais felizes – e gente feliz é mais bonita. Mas quais são, de fato, os benefícios da prática sexual para a beleza e saúde da pele e do cabelo? E o que é verdade ou apenas lenda?
Tratamentos estéticos modernos, claro, ajudam a rejuvenescer, mas o sexo é um grande, e natural, aliado nesse processo. “A descarga hormonal durante o ato ajuda a eliminar toxinas e o suor carrega consigo as impurezas da pele. Portanto, o sexo pode rejuvenescer o tecido cutâneo (pele), reforçar a imunidade e promover maior vivacidade, em todos os sentidos”, diz a médica.
Além dos pontos positivos para a aparência da pele, o sexo também é capaz de melhorar o processo de cicatrização de machucados ou feridas. “Pesquisas científicas apontam que casais com uma vida mais carinhosa, com atividade sexual que inclui massagem, abraços e toques desenvolvem uma capacidade de cicatrização de ferimentos na pele bem mais efetiva”, explica a dermatologista.
Durante o sexo, o fluxo sanguíneo aumenta, assim como acontece durante a prática de uma atividade física. Dessa forma, o oxigênio e os nutrientes chegam aos tecidos (inclusive à pele e aos cabelos), de forma mais eficaz. “O sistema linfático também passa a trabalhar em maior velocidade durante uma relação sexual. Isso desintoxica o organismo e diminui a retenção de líquidos. A pele, então, passa a ficar mais hidratada e adquire um aspecto mais saudável. O orgasmo promove um grande aumento nos níveis de testosterona e estrogênio, hormônios ligados à beleza e a saúde da pele, além de interferirem nos cabelos e unhas, tornando-os mais fortes”, analisa Luciana.
Apesar de durar um curto espaço de tempo, o orgasmo beneficia o organismo por horas, após o ato sexual. “Durante o orgasmo é liberada uma substância chamada ocitocina, o “hormônio do amor”. Ela é responsável por aquela sensação de relaxamento. Isso, consequentemente, melhora a qualidade do sono. E como já é comprovado: uma boa noite de sono permite ao corpo se recompor para todos os processos metabólicos tão essenciais para o funcionamento do organismo”, pontua a profissional.
Mito ou verdade?
Muito se fala que medicamentos para ajudar a cessar a queda de cabelos podem provocar problemas de impotência sexual para os homens. Mas, segundo a médica tricologista, isso é mais um mito do que uma realidade. Fatores psicológicos, como depressão e ansiedade, podem ser mais significativos na causa de uma eventual disfunção sexual do que o uso dos medicamentos para calvície (como a finasterida).
“A possibilidade até está descrita na bula do medicamento, mas o risco é mínimo. A impotência sexual aparece na lista de possíveis consequências da finasterida porque a legislação brasileira exige que todos os efeitos colaterais identificados durante os testes sejam informados. Mas menos de 1% dos indivíduos que fizeram uso da substância, relatou diminuição da libido ou dificuldade de ereção”, esclarece.
Apesar de serem em número menor, mulheres também fazem uso desse medicamento e os efeitos colaterais para elas ainda estão sendo estudados. Por enquanto, entre os sintomas mais relatados pelas pacientes estão a diminuição da libido e aumento e/ou dor nas mamas. “Mas não existem evidências científicas até aqui. Vários fatores podem ocasionar a falta de libido nas mulheres, como estresse, ansiedade, problemas no relacionamento e uso de medicamentos (antidepressivos, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, entre outros). O importante é identificar a causa para que possam ser tomadas atitudes que tenham como objetivo aumentar, e manter, o desejo sexual e, consequentemente, uma vida saudável, em todos os níveis”, aconselha Luciana.
Por iG Delas