Hip dips ou quadril de violino como é chamado, se tornou uma tendência, mesmo que muitas mulheres não gostem de ter essa característica.
Sabe aquela ondinha ou afundamento das laterais dos quadris, entre as coxas e o bumbum? Então, elas são chamadas de hip dips ou quadril de violino e é uma característica muito especial. Que está relacionado à genética e não ao peso ou medidas. E nem sempre foi muito apreciada por quem as têm.
No entanto, as depressões trocantéricas, como são chamadas cientificamente, tem se tornado bastante popular. Inclusive, a supermodelo Bella Hadid fez dos seus hip dips uma característica invejável. De acordo com dados divulgados pelo Google, o termo teve um aumento de 40% nas buscas. Ou seja, essa parte do corpo vem despertando cada vez mais o interesse das mulheres.
Ademais, a característica provém do biótipo da mulher. Pois, está relacionada à estrutura óssea. Dessa forma, tanto mulheres magras, quanto gordas podem apresentar o afundamento na região. Por outro lado, mulheres que treinam glúteos e coxas com grande intensidade também podem apresentar o hip dips.
Agora, se você tem essa característica, mas não está satisfeita com ela, a única opção é recorrer a procedimentos estéticos para conseguir um formato mais arredondado. Por exemplo, fazer o preenchimento da região afundada com polimetilmetacrilato (PMMA), que também funciona como um estimulador de colágeno.
Entretanto, os movimentos ‘body positive’ exaltam o corpo natural. Ou seja, que você aceite seu corpo e o ame como ele é. Da mesma forma, incentivam a aceitar essa característica genética comum. Afinal, o hip dips não coloca sua saúde em risco e nem interfere nas atividades do dia a dia. Portanto, não precisa ser mudada.
O que são os hip dips?
Ao contrário do que muitos acreditam, o hip dips não está relacionado ao tamanho das medidas ou ao peso. Mas, sim a estrutura anatômica da pelve e na forma como os ossos estão posicionados. Ou seja, são determinados exclusivamente pela genética, deixando os quadris com um leve afundamento. Portanto, não há como fazer com que desapareça, a não ser através de procedimentos estéticos.
Ademais, de acordo com o coordenador de ortopedia do Hospital Santa Lúcia, Leônidas Bonfim, o hip dips trata-se de uma predisposição genética. Que tanto mulheres magras, quanto gordas podem apresentar.
“É bastante comum, e pode ficar mais acentuado quando uma mulher atlética emagrece muito e perde muita gordura, ou em uma mulher gorda. Não há distinção, já que eles são uma característica anatômica de origem genética”, afirma Leônidas Bonfim.
No entanto, recentemente o quadril de violino se tornou tendência e vem sendo bastante apreciado graças às redes sociais. Onde celebridades exibem seu hip dips com orgulho. Além de incentivar mulheres com essa característica a se aceitarem e a apreciarem seu corpo do jeito que ele é.
Dessa forma, muitos internautas subiram a hashtag #violinhips como forma de aumentar a autoestima das mulheres. Além de incentivar a luta contra a pressão estética, que faz com que muitas mulheres que possuem o hip dips odeiem essa característica.
Hip dips não é um defeito
Desde o início da formação das civilizações, as mulheres sofrem com imperativos inatingíveis do regime ditatorial da beleza, que dita exigências abstratas e pressões estéticas. De acordo com Marjorie Chaves, professora das disciplinas Cultura, Poder e Relações Raciais e Teoria Política Feminista na Universidade de Brasília (UnB):
“Tudo gira em torno do alcance de um ideal de beleza que não existe, e mais do que isso, é extremamente subjetivo. Nós nem sabemos que padrão é esse, embora a sociedade nos forneça alguns signos do que ela considera ideal”, pondera a professora.
Nesse contexto, mesmo sendo comum, o hip dips não é bem aceito por grande parte das mulheres que possuem essa característica. Pois, devido à pressão social imposta sobre a ideia do corpo perfeito, muitas mulheres buscam clínicas de estética em busca de soluções para reverter o quadril de violino.
Inclusive, você encontra na internet treinos milagrosos que prometem dar fim ao afundamento no quadril. Da mesma forma, existem procedimentos estéticos voltados para acabar com o hip dips daquelas mulheres que não estão satisfeitas com seu corpo.
Por outro lado, nos últimos anos o hip dips vem se tornando tendência e com isso, uma grande movimentação nas redes sociais busca ajudar mulheres a aumentar sua autoestima. Atualmente, a hashtag #hipdips ou#violinhips conta com mais de 30 mil imagens compartilhadas. O que significa que muitas mulheres estão começando a aceitar o corpo próprio corpo como ele é.
Tem como corrigir?
Quando a anatomia não é o fator causador do hip dips ele pode ser corrigido através de treinos equilibrados entre coxas e glúteos. Além de trabalhar na mesma intensidade nas laterais das nádegas. Por exemplo, agachamento, prancha lateral ou arremesso de perna.
No entanto, é importante que o treine seja orientado por um personal trainer. Além disso, vale lembrar que os resultados podem levar algum tempo para aparecerem.
Outra forma de corrigir o hip dips é através de uma intervenção cirúrgica chamada lipoenxertia. Mas, o procedimento só é feito após a realização de exames pré-operatórios e uma conversa bem franca com o cirurgião.
Ademais, o procedimento é realizado com anestesia geral ou peridural. Em suma, o cirurgião, com a ajuda de pequenas cânulas, vai aspirar o tecido adiposo de outras regiões do corpo. Em seguida, o material coletado é decantado para que se possa retirar qualquer tipo de impureza ou células de sangue.
Por fim, a gordura extremamente pura é aplicada na região do quadril preenchendo a depressão trocantérica. Em alguns casos, pode haver a necessidade de fazer uma cirurgia de retoque.
Quanto ao pós operatório, nas primeiras 24 horas após a cirurgia é preciso que o paciente fique internado sendo monitorado. E o banho normal só é liberado após dois dias. Ademais, é importante manter repouso absoluto por no mínimo 20 dias, para evitar complicações como trombose, por exemplo. Além disso, no primeiro mês a paciente precisa seguir a risca as seguintes recomendações:
- Evitar usar salto alto
- Não dirigir nos primeiros
- Cuidar da alimentação
- Tomar a medicação indicada pelo médico
- Ir às consultas de acompanhamento.
Aceite seu corpo
Enfim, você não deve ter vergonha do seu hip dips e assim como as famosas, e exibir seu quadril violino com muito orgulho. Por isso, evite usar camisetas grandes e disformes ou tecidos pesados. Opte por calças justas e elásticas que envolvam seu corpo, destacando suas formas. E o mais importante, aceite e ame seu corpo da forma como ele é.