Harmonização facial: expert revela perigos dos excessos para mudar a aparência do rosto

Brasil é o país com o maior número de realização de cirurgias plásticas do mundo. Por ano, o número chega a aproximadamente 1.5 milhão, marca que deixa para trás os Estados Unidos e o México, que ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos dois anos, a busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentaram 390%. A Pandemia de Covid-19 impactou bastante nesse aumento. Excesso de reuniões on-line fizeram crescer a busca pela aparência ideal. O cirurgião dentista Willian Ortega sentiu o movimento em seu consultório.

Harmonização facial: um dos procedimentos estéticos queridinhos dos famosos

harmonização facial se tornou um dos procedimentos estéticos queridinhos dos famosos. Nos últimos anos, o interesse por esse assunto cresceu, como uma forma de tornar os rostos mais simétricos, dando ênfase nas linhas naturais e deixando o paciente com uma feição que o agrada mais.

“Depois que a harmonização virou moda entre as celebridades, muitas pessoas chegam ao consultório querendo ter resultados iguais aos famosos, mas nós, como profissionais, temos a obrigação de orientar as reais necessidades do paciente para que ele não passe do ponto, o que é muito comum”, comentou Willian.

“A pessoa, literalmente, não sabe a hora de parar. Durante a pandemia também senti o aumento. No início, achávamos que iria diminuir, mas o tempo extra dentro de casa contribuiu para a busca de procedimentos estéticos”, revelou Ortega.

Expert alerta sobre excesso de procedimentos de harmonização facial

O maior perigo dos procedimentos estéticos é não reconhecer o limite do próprio corpo. Willian contou que o profissional tem a obrigação de sempre alertar o paciente e, se necessário, recusar algumas intervenções.

“A harmonização facial, como o próprio nome diz, tem intuito de harmonizar, não transformar. Fazemos uma consulta inicial na intenção de analisar o rosto de cada paciente individualmente, para planejar e executar os procedimentos de forma pensada para cada pessoa. O limite deve ser respeitado conforme a real necessidade”, justificou.

Ortega explicou que é possível reverter um procedimento mal sucedido. “A grande vantagem do ácido Hialurônico é que ele possui um ‘antídoto’ chamado Hialuronidase. Se o paciente não se identificar com os resultados, podemos reverter o excesso em algumas sessões para que tudo volte a ser como era”, disse.

“Além disso, o ácido Hialurônico tem uma durabilidade de cerca de 2 anos. Após esse período, o paciente perde o efeito do procedimento. Existe no mercado um material definitivo e sem reversão conhecido como PMMA. Por esse motivo é sempre importante procurar profissionais capacitados e entender que tipo de material está sendo utilizado no seu rosto”, destacou o especialista.

 Patrícia Dias

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