Dormir mal aumenta risco de disfunção sexual nas mulheres, diz estudo

De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (21) na revista científica Menopause: The Journal of The North American Menopause Society, ter noites mal dormidas frequentemente pode interferir na vida sexual de mulheres mais velhas. 

Segundo as informações, as mulheres que dormem mal têm quase o dobro de chances de desencadear problemas quanto à relações  sexuais, como falta de interesse ou prazer, do que as mulheres que dormiam bem. 

Em contrapartida, o estudo também mostrou que uma boa noite de  sono estava associada a ter mais atividade sexual.

O resultado das noites mal dormidas foi medido pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, que faz perguntas sobre a capacidade de dormir e permanência do sono, uso de medicamentos para dormir e muitos outros questionamentos.

Durante o estudo, mais de 3.400 mulheres, que tinham em média 53 anos, e visitaram as clínicas de saúde Mayo, nos estados de Minnesota e Arizona, responderam a questionários sobre a qualidade do sono entre dezembro de 2016 e setembro de 2019.

As mulheres também foram submetidas a uma avaliação clínica para disfunção sexual e solicitadas a averiguar seu nível de angústia em relação à vida sexual.

“Você não pode chamar de disfunção sexual, a menos que uma mulher esteja angustiada com isso”, disse Faubion, diretora do Centro de Saúde da Mulher da Clínica Mayo. “Ela pode ter baixo desejo sexual, mas isso pode não a incomodar. Portanto, o nosso é o primeiro estudo, que eu saiba, que realmente examinou não apenas a função sexual, mas também o sofrimento relacionado a isso”.

A pesquisa compõem um levantamento chamado DREAMS (Registro de Dados sobre Experiências de Envelhecimento, Menopausa e Sexualidade), que acompanhou quase nove mil mulheres por 12 anos. O novo estudo comprovou que além da má qualidade do sono, mulheres que dormiam regularmente menos de cinco horas por noite também tinham mais propensão a relatar que tinham problemas sexuais.

Contudo, o resultado não avaliou fatores como  idade, status de parceiro, educação, raça/etnia, índice de massa corporal, estágio reprodutivo, depressão, ansiedade, problemas de relacionamento, uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, e por isso, se torna estaticamente insignificante já que ainda segundo Faubion, era importante excluir todos esses elementos que podem perturbar o sono, para considerá-lo como a possível causa. 

Porém, algumas ações como realizar exercícios com frequência, cuidar da alimentação, preparar o quarto para o sono de qualidade, podem ajudar nesse processo. 

Plena Mulher

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