Como o tratamento psicológico age na prevenção ao suicídio

A campanha Setembro Amarelo, promovida anualmente pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pelo Conselho Federal de Medicina, é um importante alerta sobre a prevenção do suicídio e da necessidade dos cuidados com a saúde mental.

Segundo dados do Ministério da Saúde, todo ano cerca de 12 mil brasileiros tiram a própria vida, o que representa quase 6% da população, sendo a maioria homens, negros e pessoas com idade entre 10 e 29 anos. Idosos e mulheres também são vítimas, e todos com algo em comum: sofriam de doenças mentais e muitas vezes não tratadas, como depressão e transtorno bipolar.

“Cem por cento dos suicidas sofrem transtornos mentais. Por isso é tão importante cuidar da saúde mental e conscientizar pacientes e seus familiares que dor e tristeza não são frescura e merecem intervenções com profissionais de saúde. Todos enfrentam problemas, mas algumas pessoas sofrem muito mais com as dificuldades da vida, não veem uma luz no fim do túnel, um meio de mudar, e por isso pensam em cometer suicídio para acabar com o sofrimento. Situações como estar passando por uma doença grave ou crônica, como câncer e HIV, por exemplo, desemprego, solidão, luto, separação, histórico de abusos sexuais e morais, entre outros fatores, podem ser gatilhos importantes para ideações suicidas”, explica a psicóloga Christiane Valle, CEO da IMND Psicoterapia.

A depressão é uma das doenças que têm maior relação com o suicídio. Esse transtorno de humor costuma provocar grande sofrimento, perda de energia e de interesse ao paciente. Além disso, pode surgir acompanhada de sentimentos de culpa, medo, insegurança, desesperança, desamparo, vazio e inutilidade, dificuldade de concentração, falta de motivação e apatia, pessimismo e baixa autoestima.

Muitos casos de suicídio estão diretamente ligados à doença e esse cenário é especialmente sensível no país, já que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil lidera o ranking de casos de depressão na América Latina — mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença. O tratamento é definido pelo médico psiquiatra e, dependendo do caso, se dá com interação medicamentosa e psicoterapia.

“Cem por cento dos suicidas sofrem transtornos mentais. Por isso é tão importante cuidar da saúde mental e conscientizar pacientes e seus familiares que dor e tristeza não são frescura e merecem intervenções com profissionais de saúde. Todos enfrentam problemas, mas algumas pessoas sofrem muito mais com as dificuldades da vida, não veem uma luz no fim do túnel, um meio de mudar, e por isso pensam em cometer suicídio para acabar com o sofrimento. Situações como estar passando por uma doença grave ou crônica, como câncer e HIV, por exemplo, desemprego, solidão, luto, separação, histórico de abusos sexuais e morais, entre outros fatores, podem ser gatilhos importantes para ideações suicidas”, explica a psicóloga Christiane Valle, CEO da IMND Psicoterapia.

A depressão é uma das doenças que têm maior relação com o suicídio. Esse transtorno de humor costuma provocar grande sofrimento, perda de energia e de interesse ao paciente. Além disso, pode surgir acompanhada de sentimentos de culpa, medo, insegurança, desesperança, desamparo, vazio e inutilidade, dificuldade de concentração, falta de motivação e apatia, pessimismo e baixa autoestima.

Muitos casos de suicídio estão diretamente ligados à doença e esse cenário é especialmente sensível no país, já que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil lidera o ranking de casos de depressão na América Latina — mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença. O tratamento é definido pelo médico psiquiatra e, dependendo do caso, se dá com interação medicamentosa e psicoterapia.

Buscar ajuda é fundamental para quem está passando por questões psicológicas e esse auxílio deve acontecer por meio de tratamento médico e também pela rede de apoio, que pode ser formada pela família, amigos e colegas de trabalho. Muitas vezes quem percebe que o paciente está com depressão são pessoas que fazem parte do seu convívio diário.

Principais sinais da depressão

  • Procrastinação constante.
  • Desânimo, desinteresse, apatia e desmotivação generalizados.
  • Irritabilidade, falta de autocontrole e ansiedade.
  • Falta de otimismo diante de situações que exijam algum desafio ou superação de problemas.
  • Sinais físicos, como frequentes dores de cabeça e muscular, gastrite nervosa, insônia, cansaço, sonolência excessiva, perda de peso e apetite ou ganho de peso sem causa aparente.
  • Descuido com a saúde e aparência.

Alerta para ideações suicidas

  • Ausência de planos para o futuro.
  • Discurso desesperançoso e desmotivado perante a vida.
  • Sentimento de incapacidade de mudar e melhorar a situação que está vivendo.
  • Automutilação.

Como ajudar?

Ao perceber algum desses sinais, é importante que as pessoas que compõem a rede de apoio orientem e insistam para que o paciente procure ajuda profissional com psicólogo e psiquiatra. Nesse momento, é preciso exercitar a escuta ativa, a empatia e o acolhimento sem julgamentos. Para o paciente, é fundamental saber que pode contar com essa rede nesse momento de dificuldade.

É possível prevenir o suicídio?

De acordo com a psicóloga Christiane Valle, do IMND, cada ser humano entende o que é felicidade da sua maneira e não há receita para uma vida feliz. “A psicologia positiva tem estudado algumas características comuns em pessoas que se sentem mais ‘de bem com a vida’. Em geral, elas vivem uma vida que consideram mais plena de sentidos, com atividades prazerosas, mantendo contato mais intenso com as coisas de que mais gostam: natureza, crianças, animais, amigos, familiares, livros, filmes, músicas, trabalhos voluntários. E também são pessoas que se valorizam mais. Evitam ruminar perdas ou diferenças e fazer comparações sociais, estabelecem metas e as celebram quando alcançam. Elas lutam para atingir esses objetivos, deixando o medo, o pessimismo e a procrastinação de lado”.

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Dicas para uma vida mais feliz

  • Cercar-se de pessoas que você ama e cultivar relacionamentos, mantendo contato com amigos e familiares sempre que possível. Os relacionamentos crescem quando estamos disponíveis para os outros. Estar junto faz diferença!
  • Entender que nada é só ruim ou bom. Tudo o que vivemos traz algum aprendizado e as coisas ruins servem para não repetirmos atitudes ou ações que não deram muito certo. É preciso buscar olhar para a frente.
  • Valorizar o que você construiu e agradecer. Nem sempre é possível termos tudo o que sonhamos e viver sofrendo pelo que não tem faz perder boa parte da vida. É preciso valorizar as coisas simples e que são muito valiosas.
  • Perdoar e não carregar mágoas. Todos nós erramos e também aprendemos a todo momento e é preciso desenvolver a maturidade emocional para lidar com essas situações.
  • Cuidar do corpo e da mente com exercícios físicos e meditação, por exemplo. É fundamental para o ser humano estar em movimento, mas também é preciso buscar o relaxamento. A prática constante de atividades físicas pode ajudar muito no tratamento de doenças mentais.
  • Escolher ser feliz mesmo quando as situações não acontecem conforme o imaginado. A dica é diminuir expectativas. Quando esperamos muito de algo ou de alguém, corremos o risco de sairmos frustrados. A simplicidade anda ao lado da felicidade.

Por iG Delas

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